Hoje,
J. R. R. Tolkien estaria completando 122 anos. O autor, nascido em Bloemfontein na Africa do Sul em 1892, é
mundialmente conhecido por suas obras máximas “O Hobbit” (1930) e a trilogia “O
Senhor dos Anéis” (1949). É assustador escrever sobre ele. Com uma obra
vastíssima, era um linguista de grande renome, professor em Oxford, e um dos
maiores intelectuais do século XX. Fazia parte de um grupo de escritores, junto
com C. S. Lewis (“As Crônicas de Nárnia”), que se dedicavam ao gênero de
fantasia. Além disso, existe uma legião
de fãs, muitas vezes exagerados, que defendem sua criação, lutando junto com
seu filho e executor de sua obra Christopher Tolkien. Daí o quão difícil é a tarefa
de escrever algo sobre o autor Por isso, algo simples está de bom
tamanho para oferecer a quem não conhece a oportunidade de admirar um escritor
de tal envergadura.
É,
sobretudo, uma espécie de “gênesis” da Terra Média, tendo sido escrito de maneira
semelhante à Bíblia. E só para deixar o texto mais polêmico, em uma entrevista
na década de 60, o próprio Tolkien se diz “católico romano devoto”, e ainda
fazia parte do grupo de escritores supracitado que muito se inspiravam na
tradição religiosa. Bastam ver a obra de Lewis, seu amigo, e entender as
metáforas bíblicas presentes.
Quando
comecei a ler “O Silmarillion”
achei que minha cabeça fosse explodir, tamanha a complexidade da escrita e
quantidade de nomes que aparecem ali. Muitas vezes até esquecia que estava
lidando com o mesmo mundo que havia conhecido com a ajuda de Gandalf, Bilbo,
Frodo e a “Sociedade do Anel”. Existem tantas histórias que envolvem cada um
dos Valar, Maiar, Eldar, que me perdia
tentando entender em que Era estava e onde havia parado a Luz eterna que não
sei quem criou, e que as trevas de Ungoliant (um espírito maléfico em forma de
aranha) e Melkor haviam destruído. Mas ler esse livro, foi como ler algo do
Saramago. Depois que se acostuma com a forma da escrita, a narrativa ganha
ritmo e fica ainda mais interessante. E foi nesse momento que entendi por
completo a genialidade e criatividade de Tolkien. Não só pelos nomes, ou pela
quantidade de seres que ele criou, mas pelo enredo, que lá na frente – apesar de
ter certas discrepâncias com as estórias de “O Senhor dos Anéis”, corrigidas
sabiamente por Christopher – vão se encaixar com o resto de sua obra. A impressão
é que o autor escrevia incessantemente e que sua mente estava sempre nesse
mundo, nas Silmarils; nos Eldar; na criação das estrelas e sua luz; nos
Hobbits, que na mesma entrevista já citada, o autor os compara com os ingleses,
e diz que são uma alusão as pessoas “pequenas” que enfrentam situações quase
impossíveis.
Sua
obra não é uma criação para pessoas que estão desconectadas com o mundo a sua
volta, ou uma leitura que deve ser apropriada só por nerds. A Terra Média é o
nosso mundo por outra imaginação, e suas estórias foram escritas para qualquer
um apreciar e valorizar como qualquer outro livro. Por isso, deixo meus parabéns e eterno
agradecimento a J. R. R. Tolkien.
Por Caio Terciotti .
Parabéns querido Tolkien *o*
ResponderExcluirAmei, esse post renovou a minha coragem de voltar a ler O Silmarillion \o
Opa!! Tinha que renovar sua coragem e fé... Porque olha... Não é fácil! kkkkkk
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