terça-feira, 27 de maio de 2014

Godzilla!

Muito mais do que você poderia esperar!
 
Godzilla 2014
  Godzilla está na minha lista de melhores filmes do ano. Isso porque, sabendo da quantidade de produções que estão para serem lançadas e da qualidade que cada uma pode trazer, seria um risco dizer que é o MELHOR do ano. O diretor Gareth Edwards foi muito feliz na escolha do seu elenco. Os envolvidos se empenharam em transformar sua própria atuação em algo além de todo enredo do filme, mas com uma proximidade suficiente para aprofundar à história. Aliás, essa necessidade hollywoodiana de se enveredar pela mente de seus protagonistas e explicar suas histórias não teve uma influência de poda nesse novo filme do "monstrão", ao mesmo tempo que esse vontade foi suprida. 

Godzilla 1998
  A relação entre os protagonistas, Ford Brody (Aaron Taylor-Johnson) com seus pais (Bryan Cranston, que, na minha opinião deixou W. White pra trás, e Juliette Binoche), esposa (Elizabeth Olsen) e filho, foi trabalhada de uma forma sutil e delicada. Nada que comprometesse a ação que o blockbuster pedia, ou o conhecimento da origem e desenvolvimento do maior de todos os protagonistas, Godzilla. E nesse quesito entra a personagem de Ken Watanabe (um pouco opaco em alguns pontos do filme, mas sempre competente), que serve de elo para aqueles que precisam se identificar com o monstro, e porque o inimigo está sendo encarado sempre de forma errada. Também é o responsável por controlar o uso desmedido da força, enquanto uma boa estratégia é mais elegante para o fim que todos esperam.

Um dos antigos filmes japoneses
  A desconfiança perpassou todos aqueles que sabiam dos primeiros passos que a produção deu nos estúdios da Lionsgate a alguns anos. "Como assim?", "Godzilla?, "Pra quê?", "Outro?"... Sim! Outro! Depois de 28 produções japonesas e algumas americanas, incluindo a fatídica versão de 1998 estrelada por Matthew Broderick, um novo filme acaba de sair. E nada de Godzilla que parece um T-REX cruzado com dragão de Komodo. O visual do bicho lembra muito as primeiras produções japonesas, com várias referências a essas versões. Sim, o filme de 1998 foi simplesmente desconsiderado.  

  O novo filme é visualmente belo, e com um impacto sonoro amedrontador. A sonoplastia está incrível, realmente de tirar o chapéu. A cada investida do monstro, ou de um simples movimento, aquele som triturante te alcança de uma forma mais espetacular do que o próprio bicho. 

  Resumindo, o singelo e competente Gareth Edwards está de parabéns! E se é verdade que ele pode dirigir um dos filmes derivados da nova franquia Star Wars, os fãs podem ficar felizes. Um excelente profissional vai tratar com respeito suas personagens mais queridas.

Por Caio Terciotti - Ainda surpreso por ter gostado do filme.

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